Déjà vu.

sábado, 23 de outubro de 2010 às 10:35
Depois de mais uma noite insone, despertei e tive a sensação de que já havia acordado naquele dia.
Dia esse de uns tempos em que meu sono poderia ser nomeado: "calmo".
Ao acordar, procurei o celular na esperança de ver aquele torpedo que já fora recebido.
Ler a ânsia daquele encontro que já fora vivido.
Ao abrir a janela, vi aquelas nuvens nebulosas.
O frio me atingiu a carne, embriagou meu peito...
O frio me despertou aquele mesmo desejo.
Desejo que já havia sido saciado com um beijo. 
E assim o dia se passou.
Em cada hora que passava, (e para meu azar, se arrastava, lentamente.) eu esperava por uma sucessão de 
acontecimentos que já haviam acontecido.
E mesmo com esses fatos, não sendo ocorridos, eu sentia cada sensação.
Com a mesma intensidade.
A mesma ansiedade que senti, me encheu novamente o peito a cada segundo da minha respiração.
O mesmo ônibus que peguei, foi pego. No mesmo horário. Percorri o mesmo caminho.
Cheguei ao mesmo destino.
Mas cadê ?
Não! Eu não voltei ao passado.
Foi só um Déjà vu.
Aquela sensação de estar revivendo algo que ficou lá, no lugar dele.
O passado.
E ao chegar a noite, a surpresa.
Mesmo sabendo que não passava de Déjá vu, dormi com uma paz na mente, uma calma no marca-passo.
Aquela paz que quando aqui batia um coração, só encontrava ao seu lado.

.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010 às 08:55
Dói.
Sangra.
Machuca.
Cansa.
Mata.
Enlouquece.
Fortalece.



Não tê-lo te deixa sádico, paranóico, louco.
Mas se a sua ausência te fortalece...
...Os efeitos colaterais podem ser considerados poucos.

Noite Insone.

às 08:35
 Sozinha no meu quarto.
Envolvida pelo escuro que faz tão bem aos meus olhos.
Tendo acabado de escutar relatos de muros desmoronando.
Decidi observar meus muros. Checar se estavam intactos.

Percebi o quão estavam velhos, ocos, rachados...
Aqueles que me ajudaram a construi-los se foram, e continuam indo.
Resta a mim, reboca-los, pinta-los ou até mesmo derruba-los e reergue-los sozinha. ( ou não, já que o hoje, traz presenças boas, reconfortantes.).

Sei que tenho forças para isso.
Só me falta o ânimo.

Eu sei perder.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010 às 15:54
E agora?
O que querem que eu faça ?
Que eu chore ?
Que eu fique triste?
Que eu me desfaça ?
Que eu sofra ?
Isso é um milésimo de dor perto do que já senti.
Vocês me menosprezam.
Não sou tão fake quanto aparento.
Não sou tão fraca quando demonstro.
Você disse que não fui sua amiga de verdade.
Mas se você olhar pra traz, vai perceber, que isso é uma mentira.
Lembra que te falava:
- A única coisa que pode me fazer te odiar, é você querer que eu te odeie.
E se era isso o que você queria, o que mais eu podia  fazer ?
E sabe o que é pior ?
Eu não te odeio.
Isso exigiria muito de mim.
Exigiria meu coração.
Eu não amo, eu não odeio.
Eu não sofro, não sinto dor.
E você ?
Que tambem participou do jogo e está aí no canto?
Eu sei que quer se defender.
E você de fato tem uma boa defesa.
Mas cuidado com o seu ataque.
É como te falei:
Isso é coisa pouca perto do que passei ♪
Um perdeu minha amizade.
O outro ganhou um voto de confiança.
Só queria a verdade.
E vocês me deram ela.
Um fato lançado, jogado...
...Mas com pouca força.
Porém como estava cansada, me fez cambalear.
Mas não me fez cair.
Eu perdi.
Eu ganhei.
Como alguem pode ganhar e perder?
Aprendam a jogar.
Daí irão saber.


Everything that goes around, comes around.

às 07:28

Agora você entende o que sinto quando me vingo de algo ou alguém?
É bom ter a sensação de poder.
Sentir aquele gostinho doce de destruir quem te destruiu.
De machucar quem te machucou.
De ter a certeza que a dor que você passou não foi em vão.
Agora ela sentirá a mesma dor.
Perderá as mesmas noites de sono.
Implorará, para que algo arranque essa dor dela.
Chorará lágrimas dolorosas, enquanto reza preces de esquecimento desesperada.
Mas e você?
Sabe saborear o gosto da vingança?
Estará pronto para ver quem um dia você adorou, cair como você caiu?
Ela já foi tua esperança de salvação e não te salvou.
Agora você quer mostrar a ela o que deveria ter feito?
Ou prefere agir como ela, e fazê-la enxergar a estúpida que ela foi?
Eu gostaria de estar no teu lugar.
Daria a salvação dela.
Mas em troca, lhe arrancaria o coração.
Mas eu não sou você. ( E quem gostaria de ser ele ? )
Eu não sou ela.
Você não é ela.
Essa história nem faz parte da minha.
Mas o sabor da vingança eu conheço...
E as conseqüências dela também.

Testing me

às 07:16




Já te falei que testes me repelem?
Acho que sim, naquela canção.
Aquela que cantei pra você.
Será que a escutou?
O que ela dizia mesmo?
 Tudo se quebra.
Tudo tem que terminar.
“Até mesmo as pessoas que nunca se esgotam eventualmente têm um colapso.”
Até mesmo eu posso ter um colapso.
Mas, o bom de não ter coração, não é não amar...
...é poder desistir das pessoas sem nada sentir.
Pois é. Eu posso desistir de você.
E porque não, desistir de mim?
Posso desistir de todos.
Agora é decidir, entre o continuar e o desistir.
Continuar com o quê mesmo?
Desistir de quê mesmo?
Há tempos não tenho nada.
E você?
 Para mim, não é nada.
Quer saber?
Nem preciso desistir.
Sequer vou dizer Adeus.
Você mesmo irá me repelir.
Você e seus testes.

Ler, escrever... Sentir.

terça-feira, 5 de outubro de 2010 às 05:36

Papel em branco.
No peito, o vazio.
Sentimentos inexistentes.
É preciso sentir para escrever ?
Eu posso simplesmente redigir sorrisos, inventar sensações, descrever emoções...
Sentir é para os fracos, ou seria fortes ?
Sentir não é para quem se baseia em razão, é pra quem tem coração.
Eu escolhi nada sentir. E sobre sentimentos, hoje, nada fantasiar.
Mas e se amanhã, eu sobre eles algo criar...
... Não acredite que eu esteja sentindo.
Sinta você.
Pois é como já disse o poeta:

-  Sentir ? Sinta quem lê! *


*Isto -  Fernando Pessoa  

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